Gueto de Varsovia

 

Gueto de Varsóvia

 O Gueto da Varsóvia foi criado no verão de 1940,sob o pretexto de que era necessária uma área de quarentena, que poderia servir de abrigo para qualquer pessoa que deseja- sse viajar para a capital polonesa.Para esse fim, estabeleceu-se uma área com cerca de quatro quilômetros de comprimento e dois e meio de largura,que incluía o antigo gueto de origem medieval e diversas ruas do bairro industrial, com um de seus extremos Chegando ao rio Vístula. O gueto estava dividido em dois pela autoestrada Berlim-Posen. O perímetro foi inicialmente delimitado com arame farpado, deixando os jardins e diversos espaços verdes no exterior.

    O decreto que criava o gueto foi assinado em 2 de novembro de 1940 pelo governador de Varsóvia, Hans Frank. No gueto, aglomeraram-se, inicialmente, cerca de 400 mil pessoas. Apesar de ocupar cinco por cento da área da cidade, abrigava quase trinta por cento da população, o que da uma idéia de super lotação que sofreu desde o princípio. Em 15 de novembro, os alemães cercaram o gueto, retiráramos não judeus e trasferi

ram para lá os judeus. Pouco depois a cerca de arame farpado seria substituída por um muro de três metros de altura, ao longo dos 18 km do perímetro. Durante os meses seguintes, continuaram a chegar outros judeus poloneses.Com isso, as condições sanitárias começaram a degradar-se de forma alarmante. Alem de fome (os judeus recebiam um oitavo da ração calórica de um polonês não judeu), a tuberculose e a febre tifóide surgi-

ram, o que, de certa forma, ajudou a manter um nível populacional não demasiadamente elevado, ao custo de uma alta taxa de mortalidade.

     Para o funcionamento e a ordem internos, criaram-se organizações e instituições no próprio gueto, como Judenrat, ou Conselho Judaico, e diversos movimentos juvenis. Os maiores problemas enfrentados pelo Conselho foram a superlotação, a fome, a inatividade e as más condições de trabalho.Tentou-se, com algum sucesso, manter uma densidade populacional aceitável por resistência, com cerca se sete pessoas por quarto.O Conselho controlava uma força policial, o que lhe dava a aparência de um governo independente. Porém, na prática, tudo estava sob o controle das autoridades de ocupação.No gueto, que chegou a abrigar meio milhão de pessoas, havia 1,5 mil edifícios residências, três igrejas,quatro escolas e um hospital.Seus habitantes podiam sair de lá para exercer algum autorizado, sob escolta, por meio de uma das 14 estradas que tinha. Proibiu-se qualquer comunicação com o exterior e os cortes de água e eletricidade eram habituais. O único meio de transporte era uma linha puxada por bondes puxados por cavalos. Mas havia um sistema clandestino criado pelas organizações juvenis que mantinha todos os níveis de ensino.